quinta-feira, 23 de julho de 2009

Verão na Ria


Quando estava aqui esperançávamos que ia ser pôr à água e já está
Cartaz do Cruzeiro atenção a data está mal.

Pois é!

Estamos a chegar a Agosto e vêm aí os maiores acontecimentos náuticos (pelo menos em numero de participantes) da nossa Ria.
Já tivémos outros: a travessia desde Arcachon, a Regata da APA e agora vem o Cruzeiro (29 e 30 Agosto) e a Semana da Costa Nova (9-16 agosto).

Lamentavelmente assumi outros compromissos e vou de passeio até à Horta na próxima semana e não vou poder meter o Breeze ao barulho na regata de mar da Costa.

O Cisne está na água literalmente e apesar dos nossos esforços ainda não conseguimos tapar todas as entradas de água, ''mas está muito melhor''. Vamos ver o que isto dá....Ainda tenho esperança de dar uma voltinha antes do fim da época.

No entretanto fui ontem à Vilagarcia e ficou decidido que vamos (re)começar em Setembro a todo o gás.

inté...

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Baiona-Aveiro final em descendo


Foi muito assim esta etapa




Vieram nesta perna o Ricardo e o Nuno que apesar de ter tido algumas ''dificuldades'' não empatou e ficou a maior parte do tempo lá embaixo a tomar nota de todas as comunicações via rádio. Garanto que graças a ele tivemos o melhor relato de telecomunicações de todos os concorrentes inclusivamente com envio de mensagens líquidas ao Gregório por diversas vezes.
O Gustavo teve de ir cumprir compromisso assumido antes de nós o termos convocado e embarcou num dos barcos que mais utilizou as facilidades rádio.
Embarcou o Ricardo com tanta vontade que não conseguiu pregar olho na noite anterior e teve de adiar o sono para o dia da largada. Vinha com tal genica que se apresentou com equipamento assimétrico para bem diferenciar o Estibordo do Bombordo.

Na tarde de Sexta feira e depois de uns dias de descanso arrancámos de Baiona para mais uma tirada.
Muito à moda da concha com vento fraco, fraquinho, quase nada, nada mesmo. Demorámos horas para sair para o Atlântico.
Depois de sairmos ao mar aberto lá soprou uma brisa que nos levou até perto de Aveiro. descida sem história bastante ao largo para ver se aguentávamos o vento que parecia não soprar em terra.
A doze milhas de Aveiro parámos num semáforo que nos custou umas 5 horas. O diacho estava enguiçado e não havia meio de virar. Coincidou com a manhã de Sábado. Lá para a 1 da tarde veio um ventinho fraco de Norte que nos empurrou até à chegada após tentarmos diversas configurações de navegação.
Foi um final sem sal mas o vento assim quiz.

Valeu por tudo pelo Convivio, pelo Passeio, pelo transporte e pela maneira encantadora como fomos recebidos em todas as etapas.
A escola de regata montada pelo Juiz a bordo penso que fez efeito e foi apreciada pela tripulação. Os cozinhados da primeira etapa ficaram na memória de todos e notou-se muito a falta da Joana desde a Corunha (especialmente eu por outras razões ) .
As refeições tornaram-se insipidas e voltámos à sandonagem que não engrandece o espírito nem acrescenta prazer, mas conforta o estomago. Tudo isto por razões de tripulação reduzida e ventosga da Corunha a Baiona.
O meu agradecimento a todos, à Organização, aos outros Concorrentes e particularmente a todos que me ajudaram em terra e na água e .......desculpem qualquer coisinha.

Inté...

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Corunha-Baiona, autoestrada do Sul

Perto do finisterra o ventinho a subir
''Le bordel'' depois duma noite a acelerar
Cá estão os três descansando após a etapa


Nesta etapa estava um pouco apreensivo, não conhecia o barco com vento, estávamos só três. O percurso parecia um pouco mais complicado, etc...
Mas foi um gozo, saimos da Corunha pela manhã com um ventinho de proa fraquinho mas lá conseguimos descolar de Terra sem mais complicações.
Ao fim dumas horitas passou o Snoopy, sem pôr o pisca, numa bolina folgada muito a propósito da sua genoa grandiosa.
Um pouco mais à frente o vento abriu e conseguimos subir o balão para engrenar finalmente outra velocidade. O vento foi refrescando e ao final da tarde já faziamos umas planadelas com 20 nózitos de real. Conforme fomos vencendo os diversos cabos o vento foi refrescando até que lá pelas 23:00 já levávamos a planadela de seguida com o vento a aguentar-se bem acima dos vinte(pois é a vida começa aos vinte como dizem os Riders).
Mas a coisa não ficou por aqui...
Vieram os 25, os 27, os 28 e aí eu desejei que fosse dia porque não viamos bem as ilhas, passámos pelas Ons e já não as vi.
Não estando muito acomodado ao GPS falhei um bocadito a entrada da Ria de Vigo e quando tivemos de passar dum aparente 150º para 130º para corrigir também o vento subiu para 30 reais. Estava o caldo preparado: Piasca monumental com uma, duas orçadelas, tivemos que arrear o spi, agora que estava no máximo gozo.
Ainda puzémos o pau na genoa e chegávamos aos 12, 13.
À chegada o barco do jury foi à nossa frente à vela e a motor porque quase era apanhado fora do sítio.
Fiquei muito contente, o barco também dá gozo e comporta-se bem sem surpresas desagradáveis.

TEMOS BARCO!!!

inté....

Arcachon- Corunha

Tivemos visitas dos nossos amigos por diversas vezes.
Feliz por largar amarras.
A comida não podia ser má!Olhem para os sorrisos!
Ok! Sr. Mergulhador!

Sempre um olho na genoa!

Dia 1 lá fomos para Arcachon buscar o Breeze, chegámos lá a meio da noite depois dos 900 e tal Km's de carrinha gentilmente cedida pelo Pedro. Que era para vir mas não pôde mas mesmo assim ajudou muito.
Aprendi que six quatre zero é 6000 e lá conseguimos entrar no hotel não sem fazer alguma algazarra na calma da cidade estival.
No dia seguinte entrámos no barco e tivemos de fazer uma limpeza geral até porque o convoyeur tinha tido problemas com o filtro do gasoleo e ainda havia restos de gasoleo no fundo.
Problema resolvido restava reconhecer cabos e velas para preparar a viagem.
Até chegámos a tempo ao jantar francês com muita gente simpática e comida a preceito.
No dia 3 pela manhã resolveram fazer a largada dentro da Ria que até é muito larga. A barra é especialmente bonita com multiplos tons de azul devido aos fundos de variáveis, deve ser manhosa com vento....
Largámos bem, nas calmas porque a regata era longa e o vento fraco.
Tripulação jovem e bem disposta, nunca tinhamos navegados junto. As coisas correram pelo melhor no primeiro dia e progredimos alegremente com um ventinho de menos de 15 nós apropriados à experimentação do barco.
No segundo dia o vento começou a faltar, cada vez mais fraco, céu encoberto com abertas, só soprava quando alguma nuvem mais preta se aproximava.
Assim continuou até à penultima tarde fraco e na maioria das vezes de proa. Nesse dia à noite tive uma regata com uns pesqueiros que se divertiram a jogar ao gato e rato comigo. Quando vinha a bolinar para o mar os marotos que vinham ao arrastro mesmo na direção do vento aceleravam e punham-se na minha proa. Eu para evitar complicações fazia novo bordo a terra para ganhar barlavento. Saía de terra com rota para cruzá-los pela proa à vontade mas quando me aproximava eles davam outra vez à vante com mais força e atravessavam-me pela proa.
À terceira resolvi ir mais a terra e quando virei para cima eles voltaram para tras. Perdemos tempo nisto porque no mar estava mais vento, mas enfim......
De qualquer forma para a Joana, o Juiz, o Afonso, o Gustavo, o Gonçalo e eu foram uns dias bem passados a navegar no meio do mar com bom ambiente e sem demasiada regatite.
Curioso que no meio disto tudo conseguimos comer bem e inclusivamente fazer um jantar com toda a gente à mesa no meio do Atlantico com as velas todas em cima.
Ainda tentámos até à ultima chegar dentro do tempo limite mas não deu, o vento rodou para o lado errado e manteve-se de proa até ao fim.
Não houve classificação porque ninguém chegou dentro do tempo limite.