quinta-feira, 31 de julho de 2008

46 Cruzeiro da Ria

Terminei mais um trabalho no dia 22, foram 3 semanas sem parar na Vilagarcia mas resultou bem e lá se inaugurou a variante de Portas do eixo Atlântico de alta velocidade (para quem não sabe os nuestros hermanos estão apostados em ter o Kim a 200 Km/h desde a Corunha até Portugal a breve trecho).
Depois de uma semanita de "guarda" voltei a Portugal para a regata mais bonita da Ria:

Mais um Cruzeiro se disputou nas águas da nossa Ria.
Regata tradicional com a saída marcada para as 11h de sábado em direção a Aveiro.
Saímos bem e aguentámos na frente até a estalagem da Riabela.
Tinha trocado para o leme fixo para fazer os 200 anos e não pude nem tive vontade de trocar para o móvel. Por isso não arrisquei e na Ponte da Varela optei por vir pelo canal. No entanto quando chegámos ali à Riabela reparei que o avanço não chegava e optei por cruzar para o outro lado apesar dos protestos dalguma tripulação. Passámos àrrasquinha por cima dos baixios limpando o antivegetativo do leme e patilhão e até baixámos o balão tal era a aflição.
Perdemos o primeiro para o Sprinto do CVCN mas aguentámos o PePe.
Até a S. Jacinto onde mais uma vez por receio de tocar no fundo arribei para passar junto ao outro lado. Aqui passou o Pepe para a nossa frente de modo que parecia definitivo. Logo a seguir foi mais um "esquecimento" do desmarque de S. Jacinto que nos fêz andar um bocadito para trás.

Mas a moral da tripulação é boa e resiste aos erros do timoneiro, não desistimos um fuçámos até Aveiro tendo recuperado o segundo.


Aqui contribuiu muito o que vimos acontecer o ano passado, esta é uma das coisas boas da vela está-se sempre a aprender.
Tivemos uma pequena bagarre com o Ricardo mas acabámos por passar o Pepe.

No Domingo foi outra história; largámos benzinho e fomos ganhando terreno até à Ponte da Varela de forma consistente. No entanto os cronómetros diziam que estávamos résvés para os mais lentos na ponte.

Daí para diante acho que foi um dos Cruzeiros que melhor andámos, sempre na vertente a fugir da corrente e a marear à maneira. Afinal mais de metade do tempo de regata ocorreu da ponte para cima e aí ganhámos o Cruzeiro.

No fim fomos o primeiro monocasco na chegada o que para mim é uma primeira vez desde à muito, muito tempo.

Gostei deste Cruzeiro que teve a vantagem de subir o balão nas duas pernas, entrar em Ovar de balão é sempre um prazer.
Tenho de ficar muito feliz por ter uma tripulação que me vai desculpando os lapsos e continua a lutar até ao fim.

Não tenho fotos, se alguém tiver por favor mandem para o miguelmlopes@hotmail.com.

Agradecimentos ao Zé Luis e ao Carlos pelas fotos.

Inté para a semana nas regatas da Costa, de 9 a 16, não se esqueçam!

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